Breve Origem do Surf

A origem do Surf não segue uma ordem cronológica. Este esporte pode ter sido desenvolvido em três locais: Peru, Polinésia Francesa e o Havaí. Porém há evidências que esse desenvolvimento possa ter ocorrido após viagens pelo Pacífico partindo de antigos povos das Américas e povos da Polinésia Francesa. Com estas imigrações o surfe foi sendo praticado e modificado até os moldes da atualidade.
Segundo Zevallos (1999) os povos ameríndios denominados Mochicas e Chimus (Séc. II A.C. 750 D.C. e 1000 a 1470 D.C respectivamente) utilizavam para a pesca embarcações chamadas “caballitos de totora” devido à maneira em que se “montava” para navegar. Estas embarcações são consideradas as antecessoras das pranchas de Surf Havaianas. Ao retornar da pesca estes povos “surfavam” as ondas até chegar à praia.
Segundo a teoria do norueguês Thor Heyerdahl, os habitantes da Polinésia (Ilhas Marquesas) haviam sido colonizados anteriormente aos espanhóis pelos Incas (Peru); (HEYERDAHL, 1965).
Na Polinésia já era praticado uma atividade chamada “Paipo” – semelhante ao bodyboard. Após a imigração ao Havaí, esta arte evoluiu para uma posição “de pé”, ainda mais desafiadora (SOUZA, 2004).
James Cook foi o primeiro historiador a documentar sobre o Surf, descrevendo sua viagem ao Havaí em 1778. Em seus diários de bordo Cook conta que o Surf era a diversão mais comum no Arquipélago. Os nativos passavam horas no mar desafiando as ondas. O navegador ainda relata que os praticantes deste exercício tornam-se quase anfíbios (Surfing for Life, 2009).
Após um período de quase desaparecimento do Surf devido à repressão religiosa no Havaí, o Surf volta ao seu desenvolvimento graças ao havaiano Duke Paoa Kahanamoku, nadador olímpico, denominado o “Pai do Surf”, que popularizou a Natação e o Surf pelo mundo. Realizou apresentações de Surf na América (1912); Austrália (1914) e na Nova Zelândia (1915). Nos locais onde passava novos praticantes destas modalidades surgiam (MORITZ & LIOS, 2008).
O surf, esporte que em sua origem era denominado “Esporte dos Reis”, hoje atinge populações de todas as classes sociais e praticantes nos 5 continentes.

REFERÊNCIAS

HEYERDAHL, Thor. The Kon-Tiki expedition: abridged and simplified by Norman Wymer. Structural Readers. Stage 6, London: Longmans, 1965.

MENDES-VILLANUEVA, A.; BISHOP, D. Physiological Aspects of Surfboard Riding Performance. Sports Medicine, v. 1, n. 35, p. 55-70. 2005.

MORITZ, D. M.; LOIS, N. C. In: III Congresurf, REMANDO PARA O SUCESSO: O Marketing esportivo através do surfe 2008, Porto Alegre.

SOUZA, Rico de. Boas Ondas. 1. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. Disponível em: <www.ediouro.com.br/img_livros/Rico%20cap%201%20e2.pdf>. Acesso em: 16 de Junho de 2009.

SURFING FOR LIFE. Disponível em: . Acesso em: 16 de Junho de 2009.

WAVES. A comunidade virtual do surfe. Disponível em: . Acesso em: 16 de Junho de 2009.

ZEVALLOS, E. A. Proyecciones Andinas en el Pacífico: del pasado al presente. In: Geopolítica Latinoamericana y del Caribe. Fondo de Cultura Económica (FCE) - Instituto Panamericano de Geografía e História, México, D.F., 1999.

Apresentação

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