segunda-feira, 2 de maio de 2011

O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO UMA PROPOSTA DE PREPARAÇÃO FÍSICA PARA O SURF.

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Este artigo foi apresentado no III CONECE - Congresso Nordeste de Ciências do Esporte em Setembro de 2010.
A autoria do artigo se dá ao Prof. Viktor Shigunov e a mim, Nelson Nunes Júnior.

Acima está o link para os interessados.

"O conhecimento só é válido quando pode ser compartilhado".

terça-feira, 19 de abril de 2011

Por que o Treinamento Funcional é o melhor método de treino para o Surf??

Desde que o primeiro surfista desceu a parede de uma onda sobre uma prancha muita coisa mudou na forma em que é praticado até o Universo que envolve o Surf.
Dando um salto de sua origem à profissionalização desta modalidade tem se buscado cada vez mais a perfeição, tanto das ondas que serão surfadas até nas manobras que poderão ser realizadas.
Com essa preocupação, atletas e surfistas amadores procuram a cada dia melhorar suas performances nas ondas através das mais diversas modalidades de atividades físicas. Entre elas: Pilates, Ioga, Musculação, Ginástica Natural e o Treinamento Funcional.

Chegamos no ponto principal do post: O que é o Treinamento Funcional?? Treinamento Funcional é uma metodologia de treino desenvolvida com base nos movimentos fundamentais do homem primitivo: correr, saltar, empurrar, puxar, agachar e girar. O TF tem ainda como idéia central desenvolver o corpo como um todo, dando prioridade inicial para o desenvolvimento do "CORE" (região que compreende os músculos: transverso abdominal, oblíquo interno e externo, multífidus, eretor da espinha, ílio-psoas, bíceps femoral, adutor, glúteo máximo e reto abdominal) que é considerado o centro de produção de força do corpo.
 
O surfista possuindo a região do "CORE" forte além de melhorar sua produção de força irá prevenir lesões na região lombar devido à postura adotada pelo surfistas durante a remada em hiperextensão da coluna. 
 Além do treinamento do "CORE" o surfista pode, através do TF, realizar grande parte dos movimentos que são feitos na prática do Surf. Movimentos de rotações com elásticos simulando as manobras "rasgada e batida"; Flexões de cotovelo e superfícies instáveis assim como o movimento do "drop" e muitas outras variações e adaptações de movimentos que serão fundamentais durante uma sessão de surf.
Para iniciar um treinamento, procure um profissional habilitado e capacitado que possa planejar de forma personalizada seu treino. 

É isso galera. Boas Ondas e Boa Páscoa para todos!!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Lesões no Surf

O surf, comparado com outros esportes, possui uma taxa de lesões considerada pequena. Nathanson et al. (2007) relatam que a taxa de lesões no surf é de 6,6 lesões significantes a cada 1000 horas de competição. Na pesquisa de Base et al. (2007) pode-se observar que a taxa de lesão calculada é de 0,76 lesão para cada 1000 dias de prática da modalidade. Já Allen et al. (1977) relatam que o risco de lesão no surf é de um em cada 17.500 dias de prática. Este último dado apresenta um baixo número de lesões. Provavelmente com o passar dos anos, o aumento no número de praticantes e o desenvolvimento das pranchas e das manobras podem ter contribuído para o aumento desses valores.
As lesões mais comuns no surf são as entorses e estiramentos, seguidas de lacerações, contusões, e fraturas. Quanto ao mecanismo da lesão Nathanson et al. (2007) relatam que o impacto com a prancha causa 29% das lesões, 24% são pelo contato com o fundo do oceano, 16% pelo próprio movimento do surfista, e 12% da força hidráulica das ondas. Diferentemente dos dados de Base et al. (2007) que destacam a prancha sendo responsável por 51,4% das lesões, a realização das manobras 40,7% e o fundo teve participação em 7,7% das lesões. Deve se destacar, contudo, o local da prática como um fator agravante das lesões. Os diferentes fundos, que apesar de proporcionar as melhores ondas, podem ocasionar as piores lesões. O tipo de fundo (marítimo) mais comum é o fundo de areia. Outros tipos de fundo são o de coral e de pedra, estes, menos profundos, com um maior potencial de lesão no caso de queda do surfista, ocasionando lacerações, cortes, contusões, fraturas devido ao impacto e até mortes.
Boa parte das lesões ocasionadas pela falta de habilidade, pela fadiga e pelo nível de condicionamento físico do surfista podem ser minimizadas com um programa de treinamento das capacidades físicas utilizadas no surf. Este programa de treino deverá trabalhar a capacidade aeróbia e anaeróbia, equilíbrio dinâmico e recuperado, força dinâmica, propriocepção, flexibilidade, potência, resistência muscular, agilidade, tempo de reação e coordenação. Todas essas capacidades físicas sendo desenvolvidas em sinergia poderão fazer com que o surfista melhore seu desempenho durante a prática evitando que quedas ou manobras mal executadas possam lhe causar alguma lesão.
Além das lesões osteo-musculares causadas pelo surf, outros fatores inerentes à prática também podem contribuir para os casos de lesões, as quais através de precauções básicas podem ser evitadas. Estas lesões se caracterizam como: lesões nos dentes, nos ouvidos, olhos, queimaduras do sol, infecções em águas poluídas, ataques de animais marinhos além do perigo de hipotermia no surf em águas frias (STEINMAN, 2009).

Referências:
ALLEN, Robert; EISEMAN, Bem; STRAEHLEY, Clifford J.; ORLOFF, Bruce G. Surfing Injuries at Waikiki. The Journal of American Medical Association, v. 237, n. 7, Feb.1977.
BASE, Luis Henrique; ALVES, Marco Antônio Ferreira, MARTINS, Erick Oliveira, COSTA, Roberto Fernandes. Lesões em Surfistas Profissionais. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 13, n. 4, Jul./Ago. 2007.

NATHANSON, Andrew; BIRD, Shark; DAO, Leland; TAM-SING, Kelly. Competitive Surf Injuries. American Journal of Sports Medicine. V. 35. P 113. 2007.
STEINMAN, Joel.  Surfing and Health. Maidenhead: Meyer & Meyer Sport Ltd., 536 p. 2009.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Vídeo: Treinamento Funcional para o Surf

sábado, 26 de março de 2011

Treinamento Funcional para Surfistas

Melhore seu desempenho no surf com um treinamento específico e personalizado, o Treinamento Funcional.

O treino tem duração de uma hora, entre aquecimento, alongamento, ativação do Core, Preparo Muscular Específico e Treinamento do Core.

Os movimentos realizados durante a aula se assemelham aos realizados na prática do Surf. Sempre que possível, e necessário, o exercício será executado em uma superfície instável, afim de melhorar o equilíbrio e a propriocepção do aluno.

As aulas são acompanhadas individualmente (personal) e realizadas na praia, parque, academia ou em casa.



Maiores Informações:

Nelson Nunes Júnior
CREF - 014018-G/SC

(48) 9936 6301
nelsurf@gmail.com

Treinamento Funcional Aplicado ao Surf


O treinamento funcional pode ser descrito como um meio de aprimoramento da capacidade funcional do corpo humano, melhorando todas as qualidades do sistema musculoesquelético refletindo nas atividades do dia-a-dia ou ainda nos gestos esportivos específicos (CAMPOS e CORAUCCI NETO, 2008). Este método de treinamento tem como base treinar a “função” desempenhada pelo corpo em uma atividade específica.

O treinamento funcional que é aplicado atualmente como uma metodologia de desenvolvimento do condicionamento físico e das capacidades físicas (equilíbrio, força, velocidade, coordenação, flexibilidade e resistência) não é uma novidade. A funcionalidade do corpo dos homens primitivos sempre foi uma questão de sobrevivência, seguindo este pressuposto, o treinamento funcional foi baseado nos movimentos fundamentais do homem primitivo: agachar, levantar, empurrar, puxar e girar. Antes de ser criado um programa de treinamento funcional deverão ser observados os padrões de movimentos do esporte em questão e utilizar o treinamento para reforçá-los (WIKIPÉDIA, 2010; BOYLE, 2003). No surf podem ser observados os movimentos de puxar e empurrar durante a remada, empurrar e levantar durante o drop, e agachar e girar durante as manobras sobre a onda. A maioria dos movimentos realizados na prática são movimentos integrados que recrutam grande parte do sistema muscular do surfista. Além dos movimentos utilizados, o treinamento funcional também irá trabalhar o fortalecimento da musculatura do “core” que é descrito por este método como o centro de produção de força no corpo. O “core” é formado pelos músculos: transverso abdominal, oblíquo interno e externo, multífidus, eretor da espinha, ílio-psoas, bíceps femoral, adutor, glúteo máximo e reto abdominal. Pode também ser descrito como uma estrutura que envolve a coluna vertebral, região abdominal, cintura escapular e cintura pélvica.
Segundo D’Elia (2010) estes músculos que compõem o “core” são responsáveis pela estabilização corporal. É nesta região corporal que deve ser iniciada a produção de força durante todos os movimentos. No surf o “core” deve estar sempre bem treinado para que haja uma maior eficiência dos movimentos de rotação e retomada de equilíbrio durante as manobras. De uma forma geral os movimentos funcionais podem ser descritos apenas com o empurrar e puxar. Sendo segmentados em empurrar na vertical e horizontal, e puxar na vertical e horizontal. Os movimentos de membros inferiores também nessa segmentação de puxar e empurrar seriam divididos em movimentos com dominância do joelho (agachamentos, afundo) ou de quadril (flexões de tronco). Utilizando esta divisão nos movimentos, o treinamento funcional na preparação física do surf pode ser utilizado como uma ferramenta de desenvolvimento da musculatura de estabilização corporal e também como uma forma de treinar os movimentos que são realizados na prática. Através deste método de treinamento o surfista poderá desempenhar suas funções no surf com uma maior destreza e precisão, minimizando a probabilidade de lesões em situações adversas (quedas).

Referências:

BOYLE, Michael. Functional Training for Sports. 1 ed. Champaign: Human Kinetics, 208 p, 2003.

CAMPOS, Maurício de Arruda; CORAUCCI NETO, Bruno. Treinamento Funcional Resistido – Para Melhoria a Capacidade Funcional e Reabilitação de Lesões Musculoesqueléticas. Rio de Janeiro: Revinter. 319 p. 2008.

D’ELIA, Luciano. Core 360° - Fundamentos do Treinamento Funcional. Manual Técnico: Módulo 1. Florianópolis, Julho de 2010. 
WIKIPÉDIA. A enciclopédia livre. Treinamento Funcional. Disponível em: . Acesso em: 9 de Julho de 2010.